14/10/2010

Poeta noturno


noite fria
quase madrugada
atrasado...chegaste


Vinho branco
taças cheias
queijo farto
beijos, abraços...ficaste


Sorrisos lentos
olhares cortantes
mãos entrelaçadas
roupas jogadas...amaste


Movimentos lentos
dança rápida
respiração ofegante
gritos, sussurros, grunhidos
esquecido entre os lençóis...cansaste

Sorrisos na escuridão
bocas, pernas, copos, corpos
quietude enfim
abraço morno e silêncio...dormiste


hora tardia
raia o dia
cabelos em desalinho
bocas (ainda) de vinho

mantenho sigilo
sono tranqüilo
e lá seu foi o meu amor...

Nenhum comentário: