27/10/2009
DEVANEIOS
Pare de analisar tanto tudo
E nem tente adivinhar
O porque de meus versos
Eu posso estar em puro devaneio
E nada disso ser realidade
Nem mesmo eu, que sou poeta sei ao certo - por que vivo
Quando mais quem me lê pra entender
Quer saber ?
Eu rio solto de tudo isso
Não tenho pudor, nem caras & bocas pra esconder
Apenas me fascina a rara arte de viver
Enquanto tantos vivem a rotina de todas as horas
Cada hora pra mim é poesia
Versos puros que encontro a cada sorriso
A cada vida que encontro aqui e ali
Perambulando
Por histórias de cada um
Que tenho prazer em contar
Observo quieta seus movimentos inconscientes
Que desembocam no final de cada linha
E eles nem sabem
Que registro tanto e tudo
Que sorrio muito
Pra depois deitar num canto
E escrever e escrever
Depois que escrevo
Me vem o cansaço morno
E adormeço feliz
Entre estes versos e histórias
De gente linda que acabei de encontrar
Num outro dia, desperta,
Agradeço ao sol
Pela poesia de cada pessoa
Que sempre vem me procurar
26/10/2009
O DIA QUE SE DESCOBRIU POETISA
Guardara em gavetas trancadas
tantos escritos e folhas soltas
mais cadernos de capa delicada
com inúmeros versos e poesias
Tantas palavras que escrevera
e sentimentos que vivera
tantas lágrimas, olhares, enganos
junto com abraços, calados, medonhos
muitos sorrisos, vôos pela imensidão
muita água de estrelas, de coração
Tanta coisa estivera ali mantida
que uma hora, não deu mais o espaço
transbordou
um dia, a poesia cansada
de ser guardada, prensada,
gritou !
Involuntariamente, ela saiu a cuspir poemas por ai
Começou a falar, a mostrar, publicar,
Mesmo quem nada entendia teve que calar
e agora, ali estava ela, nua e sem pelos,
a mostrar o que sentiu e o que era aquele novo ser
Pergunte às gavetas elas vão confessar
que empurraram forte as poesias e sentimentos pra fora
pois não mais agüentavam guardar tanta euforia
e depois foram embora
Hoje em dia, basta olhar que você vai ver
as gavetas que vagam vazias e soltas por ai
elas ainda acompanham um pouco
quando a observam pelas frestas das portas a se divertir
elas sorriem, cúmplices de tantos segredos
Enquanto ela anda pelada,
mostrando os escritos que não mais são só seus
20/10/2009
12/10/2009
ESPERA PASSIONAL
A espera angustiante
A tortura ansiosa
Dilacera minha alma aos poucos
E os pedaços que se soltam de mim
Pensam por si, desta forma
Uma parte, que te quer, diz assim:
- Quando vou te ver ?
- Sentir teu ar, tua voz, tuas mãos?
- Olhar te ao menos de longe...
A outra parte, ansiosa e calma, discursa assim :
- Tua existência já me basta
- Só por saber que você está ali, sou feliz por você existir
Ser dilacerado, vagando entre minhas partes é o que sou;
Sou egoísta quando te quero tanto pra mim
Sou fraterna quando te deixo existir
Estas partes em que você me quebrou
Confundem-me tanto a alma
E a cada noite, um pedaço meu some perdido na escuridão
Apesar dessa angústia entre-partes
Não é só isso que me alimenta a alma
Possuo ainda a esperança de ter você novamente
És um vício que alimento calada
E
Sem te dizer nada
Vou seguindo hipócrita, fingindo sorrisos
Enquanto que, por dentro sou pó e terra batida
A doença de querer quem não nos ama
Nos leva a loucura sem saber
Entorta a pele, enruga o rosto, é feiúra de se ver
Bonito é o sorriso que te faço
Quando você chega faceiro
Menino do bairro, ligeiro
E finge me querer
Aí sim...eu me junto num só pedaço
Sou todinha pra você
É assim eu te quero também
Nem que seja só por um momento
Ès a doença que cultivo ardendo em chama
Que me faz tola, insensata, sem caminhos
Sou feita de pedaços que junto aos poucos
A cada mísero beijo teu.
Minha prece silenciosa ao céu, já fiz.
Já pedi às estrelas pra te contarem
já sussurrei à lua, mas quem sabe ?
quantos pedidos a lua já deve ter em sua caixa postal ?
estou na fila dos amantes dilacerados de tanto querer...
Um dia, quem sabe, você note
A poeta que te olha tanto
E que os sorrisos delas são só pra você...
A tortura ansiosa
Dilacera minha alma aos poucos
E os pedaços que se soltam de mim
Pensam por si, desta forma
Uma parte, que te quer, diz assim:
- Quando vou te ver ?
- Sentir teu ar, tua voz, tuas mãos?
- Olhar te ao menos de longe...
A outra parte, ansiosa e calma, discursa assim :
- Tua existência já me basta
- Só por saber que você está ali, sou feliz por você existir
Ser dilacerado, vagando entre minhas partes é o que sou;
Sou egoísta quando te quero tanto pra mim
Sou fraterna quando te deixo existir
Estas partes em que você me quebrou
Confundem-me tanto a alma
E a cada noite, um pedaço meu some perdido na escuridão
Apesar dessa angústia entre-partes
Não é só isso que me alimenta a alma
Possuo ainda a esperança de ter você novamente
És um vício que alimento calada
E
Sem te dizer nada
Vou seguindo hipócrita, fingindo sorrisos
Enquanto que, por dentro sou pó e terra batida
A doença de querer quem não nos ama
Nos leva a loucura sem saber
Entorta a pele, enruga o rosto, é feiúra de se ver
Bonito é o sorriso que te faço
Quando você chega faceiro
Menino do bairro, ligeiro
E finge me querer
Aí sim...eu me junto num só pedaço
Sou todinha pra você
É assim eu te quero também
Nem que seja só por um momento
Ès a doença que cultivo ardendo em chama
Que me faz tola, insensata, sem caminhos
Sou feita de pedaços que junto aos poucos
A cada mísero beijo teu.
Minha prece silenciosa ao céu, já fiz.
Já pedi às estrelas pra te contarem
já sussurrei à lua, mas quem sabe ?
quantos pedidos a lua já deve ter em sua caixa postal ?
estou na fila dos amantes dilacerados de tanto querer...
Um dia, quem sabe, você note
A poeta que te olha tanto
E que os sorrisos delas são só pra você...
05/10/2009
DO POETA PARA A POESIA
Reli os escritos que fiz
Enquanto estivestes comigo
Ali estava eu, descrito
em várias folhas amassadas
Confesso: odiei cada palavra !
Tanto apego, dor, ciúme, covardia, fuga, medo
Depois reli todas as letras que fizeste para mim
Enquanto estive em teus braços
Amei cada som, cada silaba, cada palavra
Então percebi que
mesmo provocando muita coisa em mim
Realizaste tanta coisa em ti
Sorri, feliz, nada fora em vão
pois enfim minha dor te serviu pra muita coisa
Pra cada dor e apego meu
Escreveste um verso
Pra cada grito, ciúme e covardia minha
Escreveste uma prosa
Pra cada fuga e medo meu
Escreveste um poema
Percebi que tantos sentimentos
Eram fantasmas que criei pra me proteger de ti
Saturado de tanto entender
Soltei me de tantas amarras
e fui voar contigo
Notei que com você
a vida significa muito mais
Do que meros sentimentos guardados
Tudo era então poema, prosa, verso, fantasia
Mesmo sentindo tantos ares diferentes
Agora tenho certeza
de que é a teu lado que eu quero estar
Ah...poesia que faz de minha alma pagã
Um dia a mais... um verso a mais
Um novo sol ...um novo poema
De pássaro preso tornei-me balão ao vento
De mero calendário tornei-me enfim sentimento
Agora sim...
tudo possui um novo brilho
um novo significado...
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