08/02/2015
Janelas da Alma
De repente, meus amantes
minhas estantes
minhas canecas
as portas da casa
tomam forma e viram verso...
Meus sentimentos
meus deencontros
meus sonhos
meus alentos
num momento tomam vida
e viram rima...
As paredes com suas manchas
os retratos com seus sorrisos e poses
as almofadas com seu aconchego
as poltronas com seu amarelo
tudo não mais é o mesmo
virou do avesso
virou poema...
Acordo perplexa com as janelas
escancaradas pelo vento da noite
cortina esvoaçantes
papéis saltitantes
voam as folhas
e a vida virou poesia...
Minhas lembranças
minhas crianças
memórias marcadas
meu esquecimento
tudo não mais tem valor
Voaram ao vento da música
do som dos versos cansados
tudo em poesia se transformou
Meus velhos amigos
andanças passadas
lá vai madrugada
torpor de encanto
nada mais ficou
Um dia
um queria
um nem via
virou poesia
e nada ficou
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