Eu tinha que te esquecer
porque tanto sentimento
me engolia
esquecera de mim
e deixava de existir
por sua causa
abandonara meu viver
por seu viver
e meu viver, sendo o teu
tornara-se o prelúdio da morte
da angustia do não ser
Eu tinha que ir embora
pois restava pouco de mim
o seu amor tomara toda a minha coragem
o seu abraço estrangulara meu sorriso
era um ser pálido, benevolente
até minha maldade você matou
Eu tive que sair correndo
pois a covardia era a minha força
era a única esperança
meu ser covarde fugiu de você
e me apeguei a distancia, ao silêncio
a inquietude da solidão
pra poder voltar a existir
Hoje, sou egoísta, covarde, livre e sozinho
saudoso das correntes deliciosas
que seu amor criou um dia para mim
Não posso
não sei existir e amar ao mesmo tempo
pois se eu te amar, me fundo em ti
e deixo de ser quem eu sou
sim...eu não sei quem eu sou
mas prefiro a ignorância
à sabedoria de estar preso a ti
Tenho asas mas me arrasto
na saudade de voar contigo
sob as estrelas
sobre carros
cruzar pontes e rodovias
sem temer a escuridão
em que me fundo agora
Eu existo,
sou pequeno
e não amo
triste ?
melhor assim...
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