26/10/2009
O DIA QUE SE DESCOBRIU POETISA
Guardara em gavetas trancadas
tantos escritos e folhas soltas
mais cadernos de capa delicada
com inúmeros versos e poesias
Tantas palavras que escrevera
e sentimentos que vivera
tantas lágrimas, olhares, enganos
junto com abraços, calados, medonhos
muitos sorrisos, vôos pela imensidão
muita água de estrelas, de coração
Tanta coisa estivera ali mantida
que uma hora, não deu mais o espaço
transbordou
um dia, a poesia cansada
de ser guardada, prensada,
gritou !
Involuntariamente, ela saiu a cuspir poemas por ai
Começou a falar, a mostrar, publicar,
Mesmo quem nada entendia teve que calar
e agora, ali estava ela, nua e sem pelos,
a mostrar o que sentiu e o que era aquele novo ser
Pergunte às gavetas elas vão confessar
que empurraram forte as poesias e sentimentos pra fora
pois não mais agüentavam guardar tanta euforia
e depois foram embora
Hoje em dia, basta olhar que você vai ver
as gavetas que vagam vazias e soltas por ai
elas ainda acompanham um pouco
quando a observam pelas frestas das portas a se divertir
elas sorriem, cúmplices de tantos segredos
Enquanto ela anda pelada,
mostrando os escritos que não mais são só seus
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